O curso propõe promover o conhecimento da produção tecnológica dos povos africanos e descendentes na diáspora que por séculos foi ocultada, contribuições científicas, tecnológicas e inovadoras que mulheres e homens de origem africana e da diáspora legaram e têm dado à humanidade ao longo da história.
É impossível saber realmente história da ciência sem também aprender sobre o legado dos inventores de origem africana.
Durante séculos criou-se uma imagem negativa a respeito da inteligência da população negra como inexistente e uma gama de intelectuais brancos como Hegel, Montesquieu, Hume, Kant, Lineu, Weber, Marx, Darwin, Victor Hugo e Voltaire desenvolveram teses afirmando que mulheres e homens negros não são humanos nem dotados de inteligência, não criaram impérios, civilizações e ciência, sendo isto uma prerrogativa do homem branco e base do racismo científico.
Quantos/as professores/as e graduados/as poderiam nomear um cientista negro? Quantos/as alunos/as poderiam descrever quaisquer realizações científicas que ocorreram no continente africano? Essa ignorância tem sérias implicações para a autoestima de uma parcela muito importante da população brasileira, daí a urgência deste curso.