1º Encontro – Conceituando liberdade em um mundo escravista – paradigma etiológico e o princípio de Defesa Social
A criminologia surge como ciência e inicia seus estudos em uma época onde as sociedades escravistas se desmantelavam e a escravidão já era vista como instituição do passado. Nesse primeiro encontro iremos discutir os sentidos do conceito de liberdade presente na racionalidade moderna para compreender como o campo da criminologia se lança como ciência em meio a uma sociedade que vê no negro e no mestiço problemas sociais a serem solucionados.
2º Encontro – Novas teorias criminológicas, Ditadura e a criação do “preso político”
As teorias eugênicas e higienistas vão dando lugar a um discurso oficial sobre a democracia racial e a convivência sem conflitos entre negros e brancos no Brasil. Os códigos penais, as notícias dos jornais, as discussões políticas, as relações internacionais e a análise de penalistas como Nélson Hungria se alteram em relação ao momento anterior. Analisando as proposições da Teoria do Etiquetamento (Labelling approach) e das correntes criminológicas marxistas, o encontro tem como objetivo pensar o mundo racial brasileiro e norte-americano pré e pós anos 60 e suas interações com a criminologia, com destaque particular ao conceito de “preso político”, suas rupturas e legados atuais.
3º Encontro – Paradigma norte-americano, controle penal neoliberal e gestão da miséria
Os anos 80 e 90 revivem formas antigas de entender os fenômenos criminais gerando novos modos de pensar e lidar com o crime. O populismo penal midiático entra em cena como nunca antes, fortalecendo novas propostas políticas. Quais são essas novas-velhas teorias e quais os modos de se entender a mídia nesse meio?
4º Encontro – Entre abolicionismos e afro-pessimismos – redes sociais e discussões atuais
Nos últimos tempos as discussões sobre encarceramento, racismo, punitivismo e seletividade penal tomaram uma parte considerável das redes graças a casos como os de Rafael Braga, Amarildo Dias, Luana Barbosa, o Black Lives Matter norte-americano e outros casos que trazem a tona conceitos já antigos e novas formas de compreender e agir diante do fenômeno. Em que pé estamos e quais as possibilidades e propostas de avanço?