O objetivo é situar a gravidade do quadro socioecológico de modo a suscitar imaginação e ação, e não desespero e impotência. Para isso, estudaremos diferentes estratégias e tecnologias de organização material e simbólica desenvolvidas por lutas coletivas no Brasil e no mundo, além de exercitarmos formas de narrar ressurgências possíveis a partir dos cenários de urgência climática e declínio energético que nos esperam nos próximos 10 a 30 anos.
No dia 26/11, faremos uma análise da conjuntura de crises dos modelos político, econômico e cultural da modernidade à luz da história ambiental brasileira e a partir de uma crítica anticolonial e ecofeminista. Investigaremos estratégias e tecnologias de organização social e regeneração adotadas por diferentes movimentos sociais contrahegemônicos e lutas pelo comum que apontam a transformações emergentes. No dia 28/11, analisaremos criticamente o sequestro da imaginação ocasionado por discursos correntes sobre sustentabilidade e pelas narrativas apocalípticas na produção cultural recente. Indagaremos por modos inventivos de implicação e ativaremos a imaginação utópica recorrendo a autoras como Donna Haraway, Isabelle Stengers e Ailton Krenak e por meio de exercícios coletivos de fabulação especulativa propostos a partir dos 4 cenários futuros prováveis descritos por David Holmgren.