1º encontro – Maria Cristina Troncarelli
Breve histórico do projeto Edições Acervo Cachuera!: elaboração de materiais paradidáticos em coautoria com comunidades do jongo, do batuque de umbigada e do congado mineiro. A presença dos povos indígenas na região sudeste do Brasil. Negros da terra: a escravidão indígena no período colonial. Paralelo entre as “Guerras justas” e os “Autos de resistência”. A situação atual dos povos indígenas, autodeterminação e protagonismo. Fontes de referência sobre povos indígenas. Demarcação já. Proposta de elaboração de projetos pedagógicos de abordagem da cultura popular afro-brasileira pelos participantes das oficinas.
2º encontro – Alexandre Kishimoto
Dados sobre o tráfico transatlântico de escravizados (dados quantitativos, mortos na travessia, portos de origem e destino), a representação do navio negreiro em pesquisas acadêmicas, vídeos (A Pública), filmes (Amistad), séries (Raízes [1977, 2017], American Gods), cânticos do congado e canções da MPB (Yayá Massemba). As denominações dos escravizados no Brasil e o nome de seus grupos étnicos na África. As condições de vida do escravizado em SP e MG. Formas de resistência (fugas, rebeliões, quilombos, cultura popular).
3º encontro – Paulo Dias e Alexandre Kishimoto
O congado/reinado mineiro. Breve descrição de reinos africanos de onde vieram os escravizados que aportaram na região sudeste (Congo, Ndongo, Matamba [Angola] e Monomotapa [Moçambique]). O rei do Congo e a Rainha Njinga Mbandi: conversão ao catolicismo, resistência à dominação colonial portuguesa e representações na cultura popular brasileira. A afirmação da identidade e da ancestralidade africana e do catolicismo negro nas guardas do congado. A música no congado como experiência devocional. Vivência prática de canto, dança e percussão.
4º encontro – Paulo Dias e Alexandre Kishimoto
O jongo do Vale do Paraíba. Diálogo entre jongo e rap (Gaspar Z’África Brasil). A vinda dos africanos escravizados à região, o trabalho agrícola e o jongo como forma e linguagem de resistência. Pontos de demanda e o poder da palavra. Aspectos linguísticos dos pontos de jongo: o uso da metáfora como expressão sintética de conhecimento, a relação com os provérbios africanos. A rede de comunidades jongueiras Valeparaibana. Vivência prática de canto, dança e percussão.
5º encontro – Paulo Dias e Alexandre Kishimoto
O batuque de umbigada do oeste paulista (Tietê, Piracicaba e Capivari). A chegada dos escravizados à região determinada pelas estradas de ferro. A relação das comunidades do batuque de umbigada com o movimento abolicionista dos Caifazes. O pós-abolição na região: racismo e apartheid social. As modas de batuque como denúncia e crítica ao racismo e afirmação da identidade afro-brasileira. Mudança histórica: o protagonismo das mulheres no batuque (Dona Anecide e Mariinha). Vivência prática de canto, dança e percussão.
6º encontro – Paulo Dias e Alexandre Kishimoto
Apresentação dos projetos pedagógicos de abordagem da cultura popular por parte dos participantes das oficinas com avaliação oral dos projetos pelos formadores. Disponibilização dos materiais pedagógicos apresentados ao longo das oficinas.