Como contar histórias e estórias

Nas lembranças da infância da maioria das pessoas da minha geração, por certo um (a) contador (a) de história esteve presente. Seja na figura dos pais, avós ou de alguém que, costumeiramente, vinha à nossa casa prosear, naquele tempo “tão… tão distante”

Saindo de nossas casas, chegamos à escola, onde nos foram apresentadas histórias, em sua maioria, impressas no papel.

Contar histórias é um costume dos mais antigos e sempre foi utilizada pelos muitos povos da Terra.

Como professora, consegui constatar a força avassaladora contida nas histórias durante minha experiência em sala de aula.

Já vi olhos brilhando e ouvidos atentos ao desenredo de um romance imaginado, de uma guerra inventada, com muito mais interesse do que pela aula expositiva de classificação dos pronomes.

O dito popular prega que: “quem conta um conto, aumenta um ponto”, certo? É interessante observar que o ditado se refere a aumento, acréscimo, ganho e não prejuízo.

Contar história é uma arte ou um ofício? Vejo como um ofício, cuja habilidade vai se aperfeiçoando aos poucos, no treino, na vivência. É que nem fazer comida: a gente aprende o tempo certo do banho maria, acrescentar aquelas 2 ou 3 folhas de hortelã juntamente com a pitada de canela, de um jeito que dá um gosto diferente ao prato, que ninguém saberia transcrever para a receita, pois trata-se de um encantamento.

Conto histórias inspirando-me nos meus ancestrais, meus mestres, cuja maioria era iletrada, mas guardavam na memória o sagrado das palavras.

Gosto desse ofício de contar história, porque acredito que, realmente, ele aumenta um ponto, gera um conto, inventa um ponto, lê um conto, origina um ponto, prolonga um conto… enfim, é o verbo que se faz sonho e habita entre nós.

A quem se destina

Interessados/as em geral.

Educadoras(es)

  • Maria Edite Martins Rodrigues