O que é escolhido estar num museu é uma questão política e em constante conflito. Uma das práticas de construção de uma memória nacional foi sobrepor narrativas, em especial, aquelas de caráter conflitivo. Entretanto, quando a conjuntura muda, estudos que foram contidos por motivos políticos ganham nova visibilidade. A forma de pensar a presença das palavras africanas na língua portuguesa do Brasil, por exemplo, evidencia disputas políticas que foram silenciadas na construção de um país monolíngue. Faz-se necessário refletir sobre estas posições flutuantes e que também
aparecem na narrativa dos novos museus digitais. Por isso, esta oficina tem como objetivo apresentar a narrativa apresentada pelo Museu da Língua Portuguesa sobre a presença das palavras
africanas no nosso modo de falar esta língua.